Atividade Semana 05
Psicologia do Desenvolvimento
Semana 5
Vídeo Aula 17 - Adolescência 1 - Professora Patrícia Junqueira Grandino
Vídeo Aula 18 - Adolescência 2 - Professora Patrícia Junqueira Grandino
Vídeo Aula 19 - Adolescência 3 - Professora Patrícia Junqueira Grandino
Vídeo Aula 20 - Adolescência 4 - Professora Patrícia Junqueira Grandino
Semana 5
Vídeo Aula 17 - Adolescência 1 - Professora Patrícia Junqueira Grandino
Vídeo Aula 18 - Adolescência 2 - Professora Patrícia Junqueira Grandino
Vídeo Aula 19 - Adolescência 3 - Professora Patrícia Junqueira Grandino
Vídeo Aula 20 - Adolescência 4 - Professora Patrícia Junqueira Grandino
Aula 17
A adolescência é uma fase. Como em qualquer transformação, ocorrem mudanças em relação ao período anterior. Antes as perguntas (na infância) eram "por que?". Agora as perguntas são "por que não?".
Muitas pessoas consideram a adolescência como uma fase de transição, mas na verdade todas as etapas da vida são fases de transição, são fases do desenvolvimento humano. Outro ponto considerado são os "perigos" da adolescência: drogas, gravidez, más companhias, etc...
A adolescência é uma etapa singular do desenvolvimento humano, caracterizada pelo entrecruzamento de fatores individuais, sociais, históricos e culturais. O ingresso na adolescência é perceptível através de mudanças físicas e psicológicas que acontecem na puberdade. Precisar quando vai ocorrer e a sua duração já é mais difícil de precisar pois depende do desenvolvimento de cada um.
São diversas as forma de compreensão da adolescência, podemos adotar vários tipos de enfoque: antropologia, história, sociologia, psicologia, etc...
A origem da palavra deriva do latim adolescere que significa crescer. Desta palavra derivam outras duas: adolescente ("crescente") e adulto (crescido). A adolescência surge como conceito no final do século XIX e começo do século XX. E no século XX o conceito se desenvolve, na década de 50 surge a rebeldia, a contestação. Na década de 90 surgem as tribos, de forma mais forte,
Aula 18
O desenvolvimento do ser humano possui fatores e aspectos indissociáveis. Os fatores são a carga genética, o crescimento orgânico, a maturação neurofisiológica e a dimensão sócio-histórica e cultural. Os aspectos são físico-motores, intelectuais, afetivo-emocionais e sociais e culturais.
Teoria Psicogenética de Jean Piaget
Piaget era um biólogo e psicólogo. que dedicou-se à compreensão do processo de desenvolvimento humano, como se desenvolvia o pensamento humano. Segundo Piaget o conhecimento é construído através da interação do indivíduo com o meio, ou seja, com as experiências. O pensamento não é inerente ao ser humano mas ele se desenvolve.
Acima temos um quadro do mecanismo de adaptação ou equilibração de Piaget e a busca pelo equilíbrio.
Acima temos um quadro mostrando os estágios de desenvolvimento do ser humano segundo Piaget. No último item, que mostra a adolescência, onde os jovens passam a tirar conclusões das experiências através de hipóteses.
Contribuições da Psicogenética de Henri Wallon
Henri Wallon era um médico e psicólogo francês que coloca ênfase na afetividade no desenvolvimento humano. O estado inicial da consciência é um tanto quanto que nebuloso, como uma imagem turva que com o passar do tempo, torna-se mais nítida. Ocorre uma alternância do caráter afetivo ou intelectual.
Acima temos um quadro dos estágios de desenvolvimento segundo Wallon. Segundo Wallon, o adolescente entra em conflito em relação às suas experiências anteriores, uma contradição entre o que ele conhece e o que quer conhecer. Utiliza muito o corpo, os aspectos motores. Muito voltado para o interior.
Enfoque Psicanalítico: Adolescência Normal (Arminda Abelastury e Maurício Knobel)
Os autores acima dizem que o adolescente lida com três lutos, ou seja, com três sentimentos de perda. Eles perderam o corpo que eles tinha. que sofre mudanças. Outro pelo papel de crianças, sofrem cobranças, tendo que assumir outros papéis. E o último pela perda dos pais, já que eles não enxergam os pais como "ídolos", mas como seres humanos.
Com isso eles ficam mais vulneráveis aos "ataques" da sociedade.
Adolescência Idealizada
Como tudo na vida temos os aspectos reais e os idealizados, como em um conto de fadas. Com a adolescência não é diferente. Conflitos com os pais, com o corpo, com a cabeça, ao mesmo tempo, adquire-se mais liberdade, novas responsabilidades e seus problemas. E podem ser muitos os problemas: gravidez, drogas, más companhias, enfim uma lista grande. Mas o ponto talvez seja exatamente o fato de ser considerada uma transição para uma nova etapa que pode ser muito cruel, muito dura, não um conto de fadas, ou uma história de super herói.
Aula 19
Quando termina a adolescência e quando começa a vida adulta?
No modo tradicional, o início da vida adulta começaria quando o jovem sai da casa dos pais para começar a própria família, quando termina a escolarização ou quando entra no mercado de trabalho.
Mas não funciona exatamente desse modo. Existe de tudo, pessoas que, mesmo mais velhas, ainda não saíram da casa dos pais, pessoas que saem ainda mais cedo da casa dos pais, só para citar dois exemplos.
Adolescências e Juventudes
Atualmente podemos definir dois termos para nos referirmos aos jovens.
Juventude - categoria mais ampla, sociológica - início compreendido pela prontidão biológica sexual e reprodutiva que vai até a assunção de papéis sociais adultos com a conclusão dos estudos, ingresso no mercado de trabalho e formação de família (entre 15 e 29 segundo o Estatuto da Juventude).
Como é feita a transição da adolescência para a vida adulta?
Em alguns países existem ritos de passagem, não é o caso das civilizações ocidentais nem do Brasil.
Aula 20
Atualmente podemos definir dois termos para nos referirmos aos jovens.
Adolescência - relativo ao processo de amadurecimento bio-psíquico-social que se inicia na puberdade e vai até o final do processo de desenvolvimento individual (entre 12 e 18 anos de acordo com o ECA-Estatuto da Criança e Adolescente).
Como é feita a transição da adolescência para a vida adulta?
Em alguns países existem ritos de passagem, não é o caso das civilizações ocidentais nem do Brasil.
A nossa população está envelhecendo, por melhorias nas condições de saúde e, embora não pareça, a parcela da população jovem está diminuindo, principalmente porque nossas famílias estão tendo cada vez menos filhos. No entanto isso não quer dizer que nosso jovens estejam se desenvolvendo de forma adequada, muito pelo contrário, pesquisas mostram que muitos jovens continuam morando com os pais como dependentes, ou sejam não trabalham nem estudam, são pejorativamente chamados de "nem-nem". Muitos acabam "se virando", ou seja, acabam no tráfico de entorpecentes e geralmente usuários, acabam na fundação CASA ou mortos. As estatísticas dos internos da fundação CASA são terríveis, a maioria são homens negros detidos por furto ou tráfico e o que é pior, baixíssima escolaridade, muito longe de completarem o ensino fundamental. Que esperança eles podem ter, a chance de inclusão social é próxima de zero.
Historicamente as crianças e adolescentes eram consideradas objetos, o lugar delas era ao lado dos adultos. Quantas vezes as crianças eram "expulsas" da sala porque o assunto que seria discutido não era assunto de criança. Isso está mudando, atualmente o papel das crianças tem mudado. Antigamente as propagandas de produtos infantis ou para o público adolescente era voltada aos pais, hoje as campanhas de marketing têm como público alvo os jovens. Antigamente os jovens questionam muito mais do que algumas décadas atrás, antigamente quando os pais diziam alguma coisa, o jovem simplesmente aceitava. Essas mudanças começam a acontecer com o fim da ditadura, a Constituição de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Com isso, a sociedade passou a ter a sensação de que eles amadurecem mais rápido do que em gerações anteriores de modo com que muitos achem justo a redução da maioridade penal.O que temos que ter certeza é que a necessidade de diálogo existe e em condições de igualdade, não apenas um monólogo onde apenas o chefe da família fala e os outros obedecem.
Adolescência: Contextualização e problematização do tema
Caracterização história do surgimento da noção de adolescência. Questionamento sobre o lugar da adolescência na sociedade contemporânea. Puberdade.
Profª. Drª. Patrícia Junqueira Grandino
Adolescência é a passagem da época dos"por quês?" para os "Por quê não?"
Adolescência é uma fase de transição entre a infância e a idade adulta?
- Mas toda fase não é transição?
- Infância não é uma transição do feto à vida fora do útero?
- A idade adulta não é uma transição entre a adolescência e a velhice?
É uma fase de mudanças muito repentinas?
- Mas a infância também acontecem mudanças intensas e rápidas.
- A adolescência é uma fase muito questionada em nossa sociedade.
Adolescência: fase "problemática?"
O que será que se esconde por trás das percepções generalizadas sobre adolescência?
- Adolescência e os "perigos"?
- Adolescentes e jovens estão mais expostos a riscos por sua avidez de experimentar e experimentar-se.
Entretanto, olhar a adolescência pelos problemas que se podem associar a ela, implica em reduzi-la a esteriótipos.
À guiza de conceito:
A adolescência é uma etapa singular do desenvolvimento humano, caracterizada pelo entre cruzamento de fatores individuais, sociais, históricos e culturais.
O ingresso na adolescência é perceptível, pois na puberdade acontecem uma série de transformações físicas e psicológicas. A indefinição do tempo de duração deve-se a dificuldade de identificar quando o indivíduo deixa de ser adolescente.
São diversas as abordagens e formas de compreender e viver essa fase do desenvolvimento humano. Mais acertado seria referirmo-nos a ela no plural: Adolescências.
Origem do termo e história
O termo Adolescente tem origem no verbo em latim:
Adolescente = crescer
Adolescente = crescente
Adulto = crescido
Infância e adolescência são categorias construídas historicamente.
A compreensão delas, seus papéis e relevância social se alteram de acordo com as concepções de cada momento histórico.
No final da idade média e até o séc. XVIII, por exemplo, na Educação, crianças e adolescentes compartilhavam a mesma sala, sem distinção.
A adolescência emerge como conceito no final do séc. XIX e é apenas em meados do séc. XX que assume o lugar mais destacado no campo das ciências humanas.
Na década de 50 observa-se que, ao longo da história, a adolescência vem ganhando em complexidade nas suas definições e ampliando seu tempo de duração (protagonizam movimento sociais, hippies).
(Na década de 90, amplia o tempo de adolescência)
Esse "alargamento" da adolescência está diretamente ligado as mudanças sociais e econômicas que preveem maior tempo para a escolarização e preparação das novas gerações para o ingresso no mercado de trabalho e para assumirem papéis sociais dos adultos.
De modo geral, podemos dizer que durante a adolescência, se desenvolvem:
- Autonomização - diferenciação e apropriação da identidade pessoal;
- Assunção de responsabilidades mais complexas - internalização e apropriação de valores;
- Integrar-se socialmente e desenvolvimento de projeto de vida
- Mudança significativas em todos os âmbitos do desenvolvimento (bio-psíquico-social);
- Etapa inicial de um complexo processo;
- Amplitude de idade: mais ou menos dos 8 aos 12 anos (início) com duração média de 3 ou 4 anos.
Adolescência: Concepções teóricas
Abordagem sintética de 3 concepções teóricas da Psicologia do Desenvolvimento (Piaget, Wallon, Abelastury & Knobel). Especificidades desse ciclo vital e compreensão de sua singularidade
Profª. Drª. Patrícia Junqueira Grandino.
https://www.youtube.com/watch?v=IKZeE2mogLQ
Fatores e aspectos determinantes do desenvolvimento humano.
Fatores indissociáveis:
Fatores e aspectos determinantes do desenvolvimento humano.
Fatores indissociáveis:
- Hereditariedade;
- Crescimento orgânico;
- Maturação neurofisiológica;
- Dimensão sócio-histórica e cultural
- Aspectos físico-motores;
- Aspectos intelectuais;
- Aspectos afetivo-emocionais;
- Aspectos sociais e culturais.
Teoria Psicogenética de Jean Piaget
Piaget considera que o conhecimento se constrói por meio da interação do indivíduo com o meio. (não existe pensamento inato)
Suas pesquisas serviram de base para a compreensão sistemática do desenvolvimento humano.
A aquisição de conhecimento depende das estruturas cognitivas do indivíduo e de suas relações com os objetos.
Assume como princípios básicos para o desenvolvimento:
- Mudanças qualitativas - crianças e adolescente têm modos distintos de funcionamento intelectual dos adultos;
- Construção ativa do pesamento - o conhecimento não é inerente, mas construído pelo ser humano;
- Descontinuidade - o desenvolvimento processa-se por etapas distintas qualitativas qualitativamente (estágios)
Mecanismo de Equilíbrio
Cada novo estágio acontece ao surgirem esquemas e estruturas mais complexas.
A aquisição de conhecimento depende das estruturas cognitivas do indivíduo e de suas relações com os objetivos (imagem 1 )
Estágios de Desenvolvimento
- Inteligência sensório - motora (0 a 2 anos)
A criança adquire o conceito de permanência do objeto (representação simbólica)
- Inteligência pré-operatória (2 a 7 anos)
Egocentrismo - a criança considera apenas o seu próprio ponto de vista sobre a realidade.
Predomínio da imaginação e do pensamento mágico.
- Operações completas (7 a 11 anos)
Lógica concreta
A criança desenvolve a capacidade de pensar logicamente, mas não de maneira abstrata. Utiliza esquemas de pensamento lógico, deixando o intuitivo.
Começam a desenvolver o raciocínio lógico indutivo.
- Operações formais ou abstratas (11 anos em diante)
Passam a deduzir conclusões a partir de hipóteses e não mais apenas da realidade concreta.
Distingue entre o real e o possível.
Sistematiza a resoluções de problemas.
Os adolescentes são capazes de pensar por conceitos, elaborar valores, aprender figuras de linguagem como metáforas e metonímias.
São capazes de flexibilizar alternativas, pensar em probabilidades, testar hipóteses.
Contribuições da Psicogenética e Henri Wallon
Coloca ênfase do desenvolvimento humano na atividade.
A ideia de diferenciação é um conceito chave na psicogenética walloniana.
O estado inicial de consciência pode ser comparado a uma nebulosa, uma massa difusa, na qual confunde-se o próprio sujeito e a realidade exterior.
A distinção entre o eu e o outro só pode se adquirir progressivamente, num processo que se faz nas e pelas interações sociais.
Princípios:
- Predominância funcional - predomina o caráter afetivo ou intelectual a cada fase.
- Alternância funcional - alternância do caráter afetivo ou intelectual, incorporando aspectos já integrados da fase anterior;
- Integração funcional - extraído da maturação do sistema nervoso. Funções mais evoluídas controlam as mais arcaicas.
"A pessoa é o todo que se integra esses vários campos e é, ela própria, um outro campo funcional".
Estágios do desenvolvimento
- Impulsividade motora e emocional ( 0 - 1 anos)
A emoção constrói uma simbiose afetiva como o entorno e está dirigida para formação do indivíduo.
- Sensório motor e emocional (2 - 3 anos)
A atividade sensório motora tem dois objetivos: manipulação de objetos e a imitação está orientada para o exterior, para as relações e para os objetos.
- Personalismo (3 - 6 anos)
Tomada de consciência e afirmação da personalidade na construção do eu. Orientada para o interior, para a necessidade de afirmação.
- Pensamento categorial (6 - 12 anos)
Atividades de conquista e conhecimento do mundo exterior. Orientada para o exterior, para o interesse pelos objetos.
Puberdade e Adolescência em Wallon
Inicia-se por volta dos 12 anos.
Contradição entre o conhecimento e o que se quer conhecer. Conflitos e ambivalência afetiva.
Está orientada para o interior: dirigida à afirmação do eu.
O adolescente expressa seus sentimentos com o corpo todo (gesticula muito, essa de mímica)
Ambivalência: alternância entre o desejo de oposição e conformismo, de renúncia e aventura, entre o desejo de atrair a atenção do outro e o sentimento de timidez e vergonha.
Experimenta necessidades novas, ainda confusas.
Eleição de novos objetos de amor.
A forma da imaginação leva progressos intelectuais, possibilita maior conhecimento de si próprio, dos outros, da vida e do universo.
Forte identificação com seus pares e busca por ideais.
Enfoque psicanalítico: Adolescência Normal
[Arminda Abelastury e Maurício Knobel]
"[adolescência] e perturbada e perturbadora para o mundo adulto, mas necessária, absolutamente necessária para adolescente, que neste processo vai estabelecer sua identidade, sendo este um objetivo fundamental deste momento da vida" (Knobel,1981)
Etapa decisiva no processo de desprendimento iniciado com o nascimento.
Adolescência implica na elaboração de três lutos:
- Luto pelo corpo infantil;
- Luto pelo papel e identidade infantis;
- Luto pelos pais da infância
As mudanças do adolescente atualizam ansiedades básicas dos pais ( e adultos em geral).
Adolescência é mais vulnerável a sofrer os impactos de uma realidade frustante - alvo da depositação das falhas da sociedade em geral.
Adolescência idealizada
Adolescência é mitificada socialmente como tempo feliz, livre e poderoso, enquanto, ao mesmo tempo, hostilizada o adolescente e buscar retardar seu ingresso no mundo adulto.
É depositária dos desejos dos adultos, mas o adolescente real não vive (nem lhe é permitido viver) essa idealização.
O adolescente busca nos pares a proteção e reconhecimento que não encontra nos adultos.
Como efeito desse paradoxo, os adolescentes emergem como "perigosos", "ameaçadores" e propensos a riscos (ênfase social em temas despotencializadores, como a gravidez na adolescência, drogas, delinquência).
Adolescências, Juventudes
Contextualização social e distinção entre adolescências e juventudes. Relação com o mundo adulto. Dados demográficos sobre adolescentes e jovens.
Profª. Drª. Patrícia Junqueira Grandino
https://www.youtube.com/watch?v=DWWIoYpVHBA
Adolescência: sabe-se quando inicia, mas quando termina?
O que define a vida adulta?
No modo tradicional, deveria inicializar-se a vida adulta por 3 caracterização:
Adolescência: sabe-se quando inicia, mas quando termina?
O que define a vida adulta?
No modo tradicional, deveria inicializar-se a vida adulta por 3 caracterização:
- A saída da casa dos pais; formação de sua própria família;
- Termino da escolarização;
- Ingresso no mercado de trabalho.
- Adolescência- relativo ao processo amadurecimento bio-psíquico-social inicia-se com o final da puberdade e estende-se até o final do processo de desenvolvimento individual (entre 12 e 18 anos - Estatuto da Criança e do Adolescente).
- Juventude- Categoria mais ampla, sociológica - início compreendido pela prontidão biológica sexual e reprodutiva que estende-se até a assunção de papéis sociais adultos, com a conclusão dos estudos, ingresso no mercado de trabalho e formação de nova família. (Entre 15 a 29 anos - Estatuto da Juventude)
Transições para a vida adulta
- Não linearidade de trajetória de passagem para a vida adulta;
- Mudança nos códigos;
- Retração dos postos de trabalho;
- Fragilidade nos laços relacionais.
- Jovens "nem-nem" (nem trabalham, nem estudam)
Gênero - Observa-se certa tendência de crescimento nos últimos 10 anos entre homens e mulheres.
Aumento significativo nos níveis intermediários de escolarização.
- Geração Canguru (25 a 34 anos)
Em todas as regiões do país observa-se aumento da proporção de jovens vivendo com os pais na condição de filhos.
Ensino Médio
Avanço na escolaridade (geral). Em 2012, apenas 51% dos jovens tinham o ensino médio completo. Observa-se decréscimo nos anos 2011-2012, na faixa etária entre 18 e 24 anos.
Envolvimento de Adolescentes na criminalidade
- Dados gerais sobre menores infratores: em SP entre 2010 e 2013 houve um aumento de 32,5% do nº de adolescente encarcerado.
2010 - 6.814
2013 - 9.016
- Dos 9.016 internos na Fundação Casa
361 (4%) são meninas
8655 (96%) são meninos
- Motivo de encarceramento
0,6% - homicídio
0,9% - latrocínio
41,8% - tráfico
44,% - roubo
16,6% - outros
- Percentual por faixa etária
73,4% - 15 a 17 anos
19,3% - 18 anos
7,3% - 12 a 14 anos
- As vítimas do tráfico
O perfil:
76% sexo masculino
75% negros
59% idade entre 15 e 17 anos
95% ensino fundamental incompleto
57% renda familiar de até 1 (um) salário mínimo
75% tem na mãe a principal referência familiar
- Motivos da ameaça
Envolvimento com o tráfico 60%
Exploração sexual 5%
Disputa de gangue 3%
Ameaça policial 3%
Grupos de extermínio 2%
Outros motivos 27%
- Valor da dívida com os traficantes: de R$ 10,00 a R$ 50,00
- 50% são desligados do programa por fim da ameaça ou inserção social;
- 50% fogem, não aceitam a proteção, morrem.
Morte dos jovens por Homicídios
De acordo com o mapa da violência de 2013, 67,1% das vítimas fatais de arma de fogo são adolescentes (1/3 do total de mortes na faixa etária entre 15 a 29 anos).
Relações Intergeracionais no marco do estatuto da criança e do adolescente
Marco legal do Estatuto da Criança e do Adolescente e implicação nas relações intergeracionais. Papel dos adultos – e da Educação – na formação de adolescentes e jovens.
https://www.youtube.com/watch?v=sOXl6pSieto
Mudanças paradigmáticas no conceito da infância e da juventude
Criança (objeto de ação do adulto)
Normatização, disciplinarização.
X
Criança (sujeito de direitos)
Desenvolvimento de potencialidades, protagonismo.
Estatuto da Criança e do Adolescente
Doutrina da situação irregular (antigo código de menores).
- "Menorismo" (Abandonados ou delinquentes).
- Lógicas assistencialistas,higienistas,corretivo-repressoras,segregadoras.
- Políticas sociais compensatórias
Doutrina de Proteção Integral (ECA)
- Criança e adolescente (pessoa em condição singular do desenvolvimento).
- Reconhecimento e compromisso com a prioridade na garantia dos direitos.que as no
- Políticas sociais amplas.
De modo geral, os pais compreendem que as novas gerações tem mais liberdade, são menos responsáveis e menos obedientes do que eles próprios foram, na adolescência.
Desafios intergeracionais
Instituições da categorias do diálogo, da negociação e da discissão nos relacionamentos entre adultos, crianças, jovens, que vem substituir as da pura obediência e seu corolário, a punição.
Horizontalização das relações, maior simetria.
Adultos <--------> Crianças
Pontos de reflexão
- As relações intergeracionais atravessam momento de transformações;
- Os modelos que pautaram as gerações precedentes não cabem nas relações atuais;e
- As novas gerações reivindicam reconhecimento de seus direitos e os adultos tem dificuldade em construir seus papéis de responsáveis de modo diferente do que viveram a seu tempo;
- Os desafios de cuidados intergeracionais são de caráter relacional e surgem a necessidade de ampliação de espaços para que os adultos possam refletir e construir novos modelos;
- Também se confirma a indicação de que se ampliem os espaços de informação e esclarecimentos sobre os direitos da infância e da juventude, bem como sobre a atribuição dos diferentes espaços de atenção a essa população, de modo a fortalecer os pais na educação de seus filhos.
Compromisso e responsabilidade da educação
- Investir na potência de crianças e adolescentes;
- Investir na potência das famílias;
- Investir no diálogo;
- Sensibilizar e capacitar os adultos responsáveis pelo cuidado por crianças adolescentes (pais, professores,educadores sociais e demais atores comunitários);
- Criar rede de apoio e solidariedade(escola,família,organização sociais, conselhos, entre outros).
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Atividade da Semana 04
INFÂNCIA E DESENVOLVIMENTO NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL
Psicologia do desenvolvimento relacionada à escola baseia-se em uma teoria que orienta o pensar e o agir dos professores. As ações dos educadores são sempre norteadas por teorias; então, é importante que os educadores estejam sempre antenados com as melhores e mais modernas práticas e teorias, de forma a trabalharmos como os conhecimentos mais atuais relacionados ao processo de desenvolvimento.
A perspectiva histórico cultural prega que o conhecimento e personalidade são aprendidos nas relações sociais. A concepção histórico-cultural entre aprendizagem e desenvolvimento podem ser considerados um divisor de aguas entre a velha e a nova psicologia; e a educação é considerada o motor do desenvolvimento e um processo de humanização.
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Atividades colaborativas promovem o desenvolvimento humano |
Portanto, se o desenvolvimento ocorre movido pela educação, os educadores exercem um papel fundamental neste processo e devem organizar intencionalmente as condições para formação e desenvolvimento das melhores qualidades humanas em cada um dos seus alunos.
Os estudiosos do desenvolvimento humano apontam a existência de duas zonas de desenvolvimento distintas: a real e a próxima. Na zona de desenvolvimento real, o indivíduo faz as atividades sozinho e na zona de desenvolvimento próxima, o indivíduo faz as atividades com ajuda de outros.
Tendo em mente essa concepção, podemos chegar a conclusão que nem todo ensino promove desenvolvimento, pois se o ensino é focado em atividades onde as pessoas já consegue realizar sozinho, ele não estará se desenvolvendo, e sim, apenas repetindo uma ação que ele já conhece.
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Grupos heterogêneos promovem a troca de conhecimentos |
Desta forma, o bom ensino, aquele que promove o desenvolvimento humano deve ser baseado em atividades que não repete aquilo que a criança já sabe, deve ser desafiador e avançar em relação ao conhecimento prévio da criança.
Também é importante que o professor ofereça ajuda durante o processo e que as atividades sejam colaborativas e que preferencialmente, os grupos sejam heterogêneos, de forma que haja uma troca de conhecimentos e que aqueles que tem mais conhecimento, ajudem os colegas que tem menos conhecimento.
Não é qualquer fazer que pode ser caracterizado como uma atividade que promove a aprendizagem. Todo fazer humano parte de um motivo, que leva a um fazer e este a um resultado. Quando o motivo é coincidente ao resultado, temos uma atividade que promove o desenvolvimento. Se não atender estes requisitos, é apenas uma ação e não leva a aquisição de conhecimento. Outra característica da atividade, é que nela existe uma experiência emocional e a criança é afetada pela atividade.
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O professor deve promover a participação dos alunos |
O professor tem o papel de criar nos alunos, novas necessidades humanizadoras. Para que o professor possa fazer isso, é preciso organizar as atividades de forma a fazer sentido para as crianças, procurar promover a participação e auxiliar os alunos a criar instrumentos culturais autênticos.
Os alunos aprendem as qualidades humanas e esse aprendizado é fruto das experiências vividas, sendo o seu desenvolvimento movido por situações concretas da vida e da educação.
As crianças aprendem de forma diferente em cada idade. Estas etapas diferentes para cada idade recebem o nome na psicologia de atividade guia. A classificação proposta pela Psicologia de Atividade Guia é adotada como referencia, mas não é estatiza e ocorrem ciclos que avançam sobre os outros e se misturam, de acordo com cada indivíduo. Apesar da variação, tomando-se uma média como referência, pode-se identificar os seguintes ciclos:
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Primeira infância: atividade com objetos |
- Primeiro ano de vida: neste período a atividade guia é a comunicação emocional
- Primeira infância (entre 1 e 3 anos): nesta fase, a atividade que mais favorece o desenvolvimento da criação é a atividade com objetos
- Idade pré-escolar: neste período, a atividade guia é o brincar de faz de conta com papeis sociais
- Idade escolar: neste ciclo, a atividade guia principal é a atividade do estudo.
No processo de aprender existe um triplo protagonismo: cultura, a criança e o mediador. Ou seja, um processo de aprendizagem não se completa, na ausência de qualquer um dos três elementos essenciais.
A cultura atua como fonte das qualidades humanas. Os objetos relacionados à cultura, criados ao longo da historia, como fala, escrita, hábitos, ciências, dentre outros que guardam em si as qualidades humanas necessárias ao seu uso e quando as novas gerações se apropriam destes objetos culturais, se apropriam das qualidades humanas.
O professor tem o papel de apresentar a cultura para as crianças. Cabe ao educador a tarefa de perceber a criança como alguém que se não detém o conhecimento, tem a capacidade de aprender. e deve selecionar e apresentar os conteúdos culturais de forma adequada.
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As atividades precisam dar sentido ao que está sendo aprendido |
A crianças aprendem pelas vivencia, ou seja, aprendem filtrando pelas suas próprias experiências, as influencias do meio. Para que aprendam é preciso que haja uma atividade que dê sentido para a criança, naquilo que esta sendo aprendido.
Para maximizar os resultados é necessário organizar formas de gestão de tempo. Uma parcela desta gestão é exercida pelos professores. Outra parcela da gestão é compartilhada, pois o professor propõe uma atividade e as crianças combinam um tempo para realizar as tarefas. Temos uma terceira parcela da gestão do tempo que é livre. A palavra "livre" não quer dizer que se faça qualquer ação, sem que ocorra um planejamento, na verdade, esse processo quer dizer que é possível realizar atividades que foram planejadas antecipadamente, mas sem que se siga uma ordem rígida.
A partir de tudo o que foi apresentado, temos uma nova compreensão do desenvolvimento psíquico que permite-nos assumir uma nova concepção de educação, comprometida com a formação das máximas condições humanas, independente das condições sociais e econômicas.
Como educadores, sempre devemos ter em mente que o aluno tem o lugar de sujeito no processo de aprender e a teoria do desenvolvimento na perspectiva histórico-cultural tem o objetivo de orientar as praticas, em um processo onde a
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O aluno é o principal sujeito no processo de aprender |
Uma nova cultura escolar onde existam efetivas relações de comunicação e colaboração entre professores e alunos; onde sejam suprimidas as relações autoritárias, e onde os professores ensinem as crianças as gerir o seu conhecimento e levem-nas a pensar. Um processo onde tempo, ambiente, relações e atividades sejam fatores que promovam a participação intensa dos alunos em situações de cooperação e comunicação. Uma nova concepção onde um ensino colaborativo e desafiador promovam o avanço do conhecimento e desenvolvimento humano.
- A psicologia do desenvolvimento e seu lugar na atuação do professor e da professora.
Conceito de Desenvolvimento na Perspectiva Histórico Cultural
- Funções psicológicas superiores (fala, pensamento, memória, atenção, imaginação, autocontrole da vontade, a função simbólica da consciência) --> inteligência e personalidade.
- Desenvolvimento na perspectiva histórico-cultural como neoformação.
- A psicologia do desenvolvimento como teoria que orienta o pensar e o agir docentes.
- A teoria, na prática, não deve ser outra!
- Tem sempre uma teoria orientando o pensar e o agir docentes.
- Porque a perspectiva histórico-cultural?
- Significado de "histórico-cultural".
- Papel da educação e da escola no desenvolvimento humano.
A Psicologia do Desenvolvimento é uma Teoria que tem como objetivo procurar explicar como o ser humano se desenvolve, como ele se forma, não apenas na escola, mas na família, ou seja, na vida.
Muitos professores não gostam de teorias, dizem preferir as práticas, mas sempre existe uma teoria por trás das nossas práticas. Quando adotamos uma estratégia com os alunos, estamos adotando uma teoria. Neste momento entra o aspecto histórico-cultural. Mais uma vez vou colocar um aspecto que vivenciei na minha vida como aluno. Nasci em 1970 e na escola tínhamos caderno de caligrafia, o que era muito importante. Atualmente, digitamos muito mais do que escrevemos. Da mesma forma acontece com a tabuada, temos acesso muito mais fácil a uma calculadora, Como já vimos em disciplinas anteriores, na Idade Média, a educação era diferente. Como será no século XXX?
- Funções psicológicas superiores (fala, pensamento, memória, atenção, imaginação, autocontrole da vontade, a função simbólica da consciência) --> inteligência e personalidade.
- Desenvolvimento na perspectiva histórico-cultural como neoformação.
- Conceito de ser humano.
- Porque histórico-cultural.
- Relação entre aprendizagem e desenvolvimento.
Aprendizagem, desenvolvimento e educação.
- Relação entre aprendizagem e desenvolvimento como divisor de águas entre a "velha psicologia" e a perspectiva histórico-cultural
- Desenvolvimento -->> aprendizagem
- Porque histórico-cultural.
- Relação entre aprendizagem e desenvolvimento.
Na perspectiva histórica-cultural, o desenvolvimento humano ocorre durante a vida da pessoa, através das experiências vividas. A pessoa não pode ser considerada um ser humano ao nascer, ele é fruto de suas aprendizagens, é uma auto-formação. Na "velha psicologia" o desenvolvimento humano era considerado natural, a escola tinha apenas o papel de passar conteúdos escolares.
Aprendizagem, desenvolvimento e educação.
- Relação entre aprendizagem e desenvolvimento como divisor de águas entre a "velha psicologia" e a perspectiva histórico-cultural
- Desenvolvimento -->> aprendizagem
- Aprendizagem -->> desenvolvimento
- Educação como processo de humanização.
Ou seja, na "velha psicologia" através do desenvolvimento é que se chegava à aprendizagem enquanto que na perspectiva histórico cultural é o contrário, através da aprendizagem é que o ser humano se desenvolve. Com isso passamos a ter que o trabalho do professor não está apenas na transmissão de conhecimento, mas também na formação do ser humano.
- Se o desenvolvimento humano acontece movido pela educação, pelas condições materiais de vida e educação, os atores sociais no papel de educadores exercem uma atividade fundamental nesse processo.
- Atividade docente intencional.
- Educação desenvolvente.
- Os professores e as professoras passam a ser vistos como intelectuais que devem organizar intencionalmente as condições concretas ( o ambiente, as relações, a gestão do tempo, as atividades) para formar cada criança/aluno para alcançar o máximo desenvolvimento possível no momento histórico em que vivem.
- Papel da escola: ensinar os conteúdos que promovam a formação e o desenvolvimento das melhores qualidades humanas em cada criança/aluno. Formar cada criança/aluno para ser um dirigente (Gramsci).
Zonas de Desenvolvimento: real e próxima
-Nem todo ensino promove desenvolvimento.
-O bom ensino incide na zona de desenvolvimento próximo (ou iminente/imediato) das crianças/alunos (Vygotsky)
-Relação entre a ZDR e aZDP
-ZDR --> o que a criança/aluno é capaz de fazer sem ajuda.
-ZDP --> o que a criança/aluno não é capaz ainda de fazer de forma independente, mas já faz com algum nível de ajuda (e, assim, se prepara para fazer sem ajuda em breve)
Implicações Pedagógicas para o Ensino
- O bom ensino
- não repete o que a criança/aluno sabe.
- avança em relação ao que a criança/aluno sabe.
- é colaborativo.
- o professor e a professora oferecem ajuda durante a atividade da criança/aluno.
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Atividade da Semana 03
Aprendizagem, Indisciplina, Violência e Preconceito
A educação é um direito garantido
pela Constituição, e no seu texto está discriminado que o processo de
aprendizado deve ser realizado segundo a capacidade de cada um. Ou seja, qualquer dificuldade de aprendizagem não deveria ser um impeditivo para o acesso pleno à educação.
A dificuldade em aprender não pode ser explicada a partir de um único prisma e mesmo entre os educadores não existe um consenso sobre os motivos que provocam este tipo de situação. Desinteresse do aluno, falta de apoio da família, má infraestrutura das escolas e despreparo dos professores são alguns pontos são apontados com frequência como fatores que levam a dificuldade de aprendizagem.
São vários aspectos a serem considerados e todos estão interligados. Por exemplo, muitos educadores relacionam a dificuldade de aprendizagem como um dos motivadores para a indisciplina e atos de violência.
Estas dificuldades não são problemas isolados e além dos fatores já citados como causa, devemos considerar outra forte possibilidade, que as raízes destes problemas estejam relacionadas à concepção do papel da escola e as relações professor/aluno.
No passado, o professor e
a escola através de medidas autoritárias estabeleciam um forte controle
disciplinar. Este sistema hierárquico e autoritário, ainda é empregado
por alguns educadores, mas de forma um pouco mascarada.
Atualmente, a violência física não é um expediente adotado pelos educadores, mas algumas ações realizadas por alguns professores podem ser considerados como atos de violência. Humilhações, menosprezo, palavras pejorativas são exemplos de atos de violência praticados contra os alunos.
Logicamente que a violência na escola não se resume a praticada pelos professores. Existe a violência que praticada pelos alunos contra os professores e a própria escola, inclusive com a destruição do patrimônio da escola e ameaças contra os educadores.
Enfrentar a indisciplina exige dos profissionais da educação uma postura democrática e dialógica; ou seja, os educadores devem tratar os alunos como parceiros, estabelecer uma proximidade, negociar as ações e principalmente demonstrar respeito para com seus alunos.
Além disso, os educadores podem e devem combater as dificuldades de aprendizagem, adotando metodologias que respeitem as individualidades dos seus alunos e promovam o seu desenvolvimento de forma natural.
Os educadores devem trazer para o ambiente escolar, temas do cotidiano e métodos de ensino cooperativos. Devem oferecer um ensino que provoque no aluno um desejo de aprender, passar valores democráticos e de respeito a diversidade. Também devem trabalhar a valorização pessoal como forma de melhorar a autoestima dos alunos.
Outro ponto importante que os profissionais da educação devem trabalhar com seus alunos, refere-se ao combate aos preconceitos e a discriminação. Preconceito é uma disposição psicológica de caráter individual e está ligado ao pensamento negativo sobre outra pessoa ou grupo de pessoas. O preconceito pode ocorrer em decorrência da influencia da sociedade, principalmente na infância. Quando um preconceito foge do âmbito de pensamento e é externado através de ações, recebe o nome de discriminação.
Com a construção da identidade, as pessoas podem rever seus preconceitos e passar a discordar dos estereótipos disseminados pela sociedade. A escola e os educadores são fundamentais no processo de construção da identidade, promovendo a integração entre os alunos como forma de combater preconceitos, a discriminação e incentivar o respeito à diversidade.
A dificuldade em aprender não pode ser explicada a partir de um único prisma e mesmo entre os educadores não existe um consenso sobre os motivos que provocam este tipo de situação. Desinteresse do aluno, falta de apoio da família, má infraestrutura das escolas e despreparo dos professores são alguns pontos são apontados com frequência como fatores que levam a dificuldade de aprendizagem.
São vários aspectos a serem considerados e todos estão interligados. Por exemplo, muitos educadores relacionam a dificuldade de aprendizagem como um dos motivadores para a indisciplina e atos de violência.
Estas dificuldades não são problemas isolados e além dos fatores já citados como causa, devemos considerar outra forte possibilidade, que as raízes destes problemas estejam relacionadas à concepção do papel da escola e as relações professor/aluno.
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Indisciplina: Desrespeito ou sinal de dificuldades de aprendizagem? |
Atualmente, a violência física não é um expediente adotado pelos educadores, mas algumas ações realizadas por alguns professores podem ser considerados como atos de violência. Humilhações, menosprezo, palavras pejorativas são exemplos de atos de violência praticados contra os alunos.
Logicamente que a violência na escola não se resume a praticada pelos professores. Existe a violência que praticada pelos alunos contra os professores e a própria escola, inclusive com a destruição do patrimônio da escola e ameaças contra os educadores.
Enfrentar a indisciplina exige dos profissionais da educação uma postura democrática e dialógica; ou seja, os educadores devem tratar os alunos como parceiros, estabelecer uma proximidade, negociar as ações e principalmente demonstrar respeito para com seus alunos.
Além disso, os educadores podem e devem combater as dificuldades de aprendizagem, adotando metodologias que respeitem as individualidades dos seus alunos e promovam o seu desenvolvimento de forma natural.
Os educadores devem trazer para o ambiente escolar, temas do cotidiano e métodos de ensino cooperativos. Devem oferecer um ensino que provoque no aluno um desejo de aprender, passar valores democráticos e de respeito a diversidade. Também devem trabalhar a valorização pessoal como forma de melhorar a autoestima dos alunos.
Outro ponto importante que os profissionais da educação devem trabalhar com seus alunos, refere-se ao combate aos preconceitos e a discriminação. Preconceito é uma disposição psicológica de caráter individual e está ligado ao pensamento negativo sobre outra pessoa ou grupo de pessoas. O preconceito pode ocorrer em decorrência da influencia da sociedade, principalmente na infância. Quando um preconceito foge do âmbito de pensamento e é externado através de ações, recebe o nome de discriminação.
Com a construção da identidade, as pessoas podem rever seus preconceitos e passar a discordar dos estereótipos disseminados pela sociedade. A escola e os educadores são fundamentais no processo de construção da identidade, promovendo a integração entre os alunos como forma de combater preconceitos, a discriminação e incentivar o respeito à diversidade.
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AULA SEMANA 02
Déficit Cognitivo e a realidade brasileira
Existem duas maneiras de analisar as características do déficit cognitivo e cada uma delas apresenta duas subdivisões quanto a forma de avaliação. Em uma primeira forma de analise, apresentas as seguintes carecterísticas:
- Déficit Real - ocorre quando existe um problema biológico/físico, como por exemplo, uma lesão cerebral.
- Déficit Circunstancial - ocorre devido a algum problema emocional ou psicológico, como é o caso de crianças no momento da separação dos pais.
- Déficit Estrutural - ocorre quando uma criança ou indivíduo não construiu determinadas estruturas lógicas, de forma que não consegue acompanhar seus colegas de turma que está na escola.
- Déficit Funcional - ocorre quando uma criança ou indivíduo não consegue utilizar a estrutura de forma adequada, ou seja, a estrutura lógica está desenvolvida, mas fatores externos, principalmente relacionados com o meio em que vive impedem que utilize essa estrutura de forma adequada,
Pensando na educação infantil, a obrigatoriedade e organização da pré-escola foi uma forma de compensar as diferenças sócio-culturais dos alunos para que a criança chegue na idade de aprendizado com seu desenvolvimento cognitivo adequado.

A concepção escola homogeneizadora criada no século XIX pregava que todas as pessoas seriam iguais e que poderiam aprender da mesma forma. Nesta concepção a escola desconsidera as diferenças, o que provocou algumas situações de exclusão, pois aqueles alunos que tinha algum déficit cognitivo acabavam relegados.
Hoje, as teorias mais aceitas entendem que a diversidade é o normal e esta diversidade deve ser a matéria prima para uma educação de qualidade, e não um problema a ser enfrentado nas salas de aula. Entre as atividades desenvolvidas pelas escolas, os trabalhos em grupo são uma das maneiras encontradas pelos educadores como forma de aproveitar as diferenças entre os indivíduos pois provoca a troca do conhecimentos e minimiza a importância de qualquer déficit de desenvolvimento circunstancial.
Quando pensamos em diversidade cultural e aprendizagem, os estudos da psicologia estabelecem três formas principais de explicar as diferenças de desenvolvimento entre as pessoas e/ou grupos:
1) Diferenças entre pessoas e grupos culturais
Nesta concepção, a inteligência é um dom inato, não se preocupava com as especificidades e pertencer a uma cultura define os limites do desenvolvimento. Nesta concepção, o fracasso escolar quando ocorre é culpa dos alunos. Essa teoria influenciou as políticas de educação empregadas nos anos 60 e 70.
2) Padrões universais de funcionamento psíquico
Nesta concepção, a preocupação de entender o que é comum no desenvolvimento intelectual e psicológico; e as diferenças eram consequências das experiências vividas. Neste concepção, o fracasso escolar era culpa da escola, como instituição que não fez a ponte entre os saberes formais e as competências dos alunos.
3) Abordagem sócio-histórica
Nesta concepção, o desenvolvimento é resultado entre a articulação entre a estrutura biológica e processos históricos e sociais. Nesta teoria, o aprendizado e desenvolvimento são integrados e as diferenças são produto das interações humanas. Vygotsky foi o principal expoente da teoria da abordagem sócio-histórica e esta é concepção mais aceita atualmente pelos estudiosos da psicologia do desenvolvimento.
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Objetivos da escola para promover o desenvolvimento dos alunos |
A escola através da mediação e da interação tem o papel de levar ao sujeito em formação, o conhecimento cultural, mas respeitando as individualidades e seu contexto de vida.
Além disso é preciso respeitar o estado emocional do indivíduo, pois pesquisas demonstram que estado emocional influenciam na resolução de conflitos morais e com certeza, se o foco for voltado para o campo do desenvolvimento, os resultados serão semelhantes. O sujeito psicológico está sempre vinculado em um determinado conceito e deve ser sempre pensado sob a combinação de todos os seus aspectos, e devemos ter ciência que estes aspectos interagem entre si, de forma que não é possível desconsiderar a importância do emocional para o desenvolvimento do indivíduo.
Outro aspecto a ser considerado no desenvolvimento dos indivíduos está relacionado com a interação de fatores biológicos e como eles influenciam no desenvolvimento psicológico. Existem estudos que comprovam que o cérebro do ser humano muda de acordo com as interações e em comparação com os outros animais, pode-se observar que o humano nasce com uma habilidade neurológica baixa, os chamados instintos naturais são limitados e o seu desenvolvimento ocorre em grande escala ao longo do tempo, o que é exatamente o inverso do verificado em outros animais.
Todos estes aspectos demonstram como é importante levar em consideração as individualidades e que qualquer deficiência cognitiva é circunstancial, pode e deve ser trabalhada pela escola.
AULA SEMANA 01
MODELOS EPISTEMOLOGICOS E PSICOLOGICOS
Esta aula discute as bases epistemológicas do conhecimento e suas relações com os campos da Psicologia e da Educação, bem como o impacto que os modelos epistemológicos e psicológicos subjacentes às práticas docentes têm na relação entre professores, alunos e conhecimento.
EPISTEMO - CONHECIMENTO
LOGIA - ESTUDO
PALAVRA DE ORIGEM GREGA.
O - significa objeto (objeto de conhecimento).
EXISTEM 03 MODELOS CENTRAIS
1ª MODELO: VAI ADQUIRINDO O CONHECIMENTO, VEM DE FORA O
2ª MODELO: O CONHECIMENTO NASCE COM O INDIVIDUO
3ª MODELO: BUSCA UM MEIO ENTRE OS OUTROS MODELOS, E INTERACIOLISTA, O CONHECIMENTO NÃO ESTA NEM NO SUJEITO E NEM NO OBJETO E SIM NA INTERAÇÃO
Introdução à Psicologia do Desenvolvimento
O programa
explica qual a pergunta e o que estuda a Psicologia do Desenvolvimento,
dando ênfase ao trabalho de Jean Piaget. Outros autores, como Vygotsky e
Wallon, são citados, mas é na teoria de Piaget que o programa se
concentra.
Psicologia do desenvolvimento se pergunta qual o processo de conhecimento, sociabilização, progresso, como a criança vai adquirindo ao longo do tempo a capacidade, no sentido de somar e de se transformar.
Desenvolvimento cognitivo: razão-inteligencia-afetivo-social-psicomotor. Com o conhecimento que se preocupa com as mudanças ao longo da vida e quais são os fatores que levam estas mudanças.
Psicolofia do desenvolvimento: tem a ambição de identificar as etapas do processo de construção das capacidades humanas, construção da interação com o meio.
Jean Piaget diz que existe uma embriologia mental, que o movimento é o mesmo desde de que a vida se manisfesta.
Há fases e estruturas no organismo como na mente, o desenvolvimento se da por etapas não podendo pular nenhuma.
O cognitiva se da através do meio, construído na troca do organismo com o meio..
Citam 3 teorias interacionista e construtivista:
1ª - Piaget - ação - resulta na troca de experiência como meio. "cada nova conduta vai se restabelecer o equilíbrio e construir um equilíbrio ainda mais estável do que o anterior ".
2ª - Vygotsky - mediação da cultura - interação com o meio ambiente e companheiros.
3ª Wallon - emoções estruturais até as primeiras cognições.
Compreendendo o Sujeito Psicológico
O paradigma de simplificação fragmenta a compreensão do ser humano, complexo por natureza, e compartimentaliza suas dimensões constituintes. Nesta aula, busca-se demonstrar como a fragmentação das dimensões cognitiva, sociocultural, afetiva e biofisiológica precisam ser compreendidas à luz de teorias de complexidade, para se conhecer o sujeito psicológico, o sujeito de "carne e osso", que está em nossa sala de aula.
Sujeito
epistêmico é o sujeito ideal, aqueles descritos nos livros de Piaget, o
que representa a universalidade, o que é comum em todos os seres
humanos.
Pensamento simples ou simplificador
- O pensamento simples desintegra a complexidade do real, mutila, reduz, cega e trata de maneira unidimensional a realidade (pega o todo e reduz para uma parte).
Os princípios do pensamento simples são:
- Disjunção: separação do todo em partes, separa em sala de aula a parte cognitiva, afetiva, biológica e a parte sócio-cultural das crianças.
- Redução: reduz a parte do todo em uma parte (ex. achar que uma criança é menos inteligente por não entender determinada matéria).
- Abstração: modelos abstratos para estabelecer coisas concretas no sujeito.
Os princípios do pensamento complexo são:
- A complexidade é um fenômeno quantitativa, pressupõe uma quantidade extrema de interações e interferências entre um número muito grande de unidades.
- A complexidade é o tecido de eventos, ações, interações, retroações, determinações,acasos, que constituem nosso mundo fenomênico.
O
sujeito psicológico possui simultaneamente, uma dimensão biológica,
cognitiva, sócio-cultural e afetiva que interage com o meio (físico,
inter pessoal e sócio-cultural).
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Cognição e Afetividade
Pensar e sentir
são ações indissociáveis. Este é o princípio que defendemos ao longo
desta aula, que discute as intrínsecas relações entre cognição e
afetividade no funcionamento psíquico. Para tanto, são apresentados
alguns pressupostos do iluminismo e suas influências no campo
psicológico para, na sequência, apresentar teorias psicológicas que
buscam, de diferentes maneiras, integrar esses dois aspectos.
Voltando na história o iluminismo as emoções deveriam ser evitadas.
- O programa iluminista concebia o ser humano como o sujeito autor de si mesmo, e capaz de determinar, livre e racionalmente, sua conduta.
- O sonho inusitado da autodeterminação implicava em conceber o sujeito sob um modelo de razão, em sua natureza, alheia às afeições emocionais, entendidas como transtorno e alteração da necessária serenidade de espírito.
Autores buscavam a integrar a cognição e afetividade:
- Jean Piaget (1896-1980) - Suíço
Não existem estados afetivos sem elementos cognitivos, assim como não existem comportamentos puramente cognitivos.
"...é o interesse e, assim, a afetividade que fazem com que uma criança decida seriar objetos e quais objetos seriar."
- Vygotsky (1896-1934) - Russo
As emoções integram-se ao funcionamento mental geral, tendo uma participação ativa em sua configuração.
"A
forma de pensar, que junto com o sistema de conceito nos foi imposta
pelo meio que nos rodeia, inclui também nossos sentimentos".
- Wallon (1879-1962) - Francês
A
evolução da afetividade depende das construções realizadas no plano da
inteligência, assim como a evolução da inteligência depende das
construções afetivas.
"As emoções podem ser consideradas, sem dúvidas, como a origem da consciência".
No
campo da neurologia surge uma obra de Antonio R. Damásio - (O erro de
Descartes) -1996 que é um marco na psicologia. Ele critica a ideia de
Descartes, a mente separada do corpo. Com a premissa "Penso, logo
existo". por "Existo e sinto, logo penso".
"...emoções
bem direcionadas e bem situadas parecem construir um sistema de apoio
sem o qual o edifício da razão não pode operar a contento."
Estudos recentes no campo da psicologia:
- Les Greenberg (1993)
Enquanto
a emoção nos sinaliza a respeito do que está nos afetando e estabelece a
meta para que possamos alcançá-la, a cognição nos ajuda a dar sentido a
nossa experiência, assim como a razão nos ajuda a imaginar o melhor
modo de alcançar a meta.
"...os
esquemas afetivos não se baseiam unicamente na emoção, implicam uma
síntese complexa de afeto, cognição, motivação e ação..."
- Howard Gardner (1993)
Postula
que a inteligência é uma atitude que se expressa por meio de sistemas
simbólicos diferentes, e isso supõe uma clara ruptura com a ideia de
inteligência como entidade única e abstrata.
- Nico Fridja (2000)
Enquanto
o pensamento racional não é suficiente para a razão, as emoções induzem
as pessoas a aturarem de uma determinada maneira.
Teoria dos modelos Organizadores do Pensamento (Moreno,Sastre, Bovet, Leal) 1998
- Os modelos organizadores do pensamento são conjuntos de representações que as pessoas realizam em situações específicas e que as levam a compreender a realidade e a elaborar seus juízos e ações.
- Construídos não somente a partir da lógica subjacente as estruturas de pensamento, os modelos organizadores comportam os desejos, sentimentos, afetos, representações sociais e valores de quem os constroem.
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